O Record errou
por Manuel Cajuda a quarta-feira, 8 de Setembro de 2010 às 16:04 (via Facebook)
Depois de ter publicado, ontem, que eu me tinha oferecido para exercer o cargo de seleccionador nacional, pelo Twitter, o jornal Record, publicou, hoje, um desmentido e um pedido de desculpas. O texto é assinado pelo mesmo jornalista que me deu, ontem, uma medalha de lata. A minha satisfação não resulta do desmentido. Resulta do facto de perceber que o jornalista e o seu jornal, Record, reconheceram o erro. E aqui, quero destacar a forma profissional como o fizeram, o que contrasta com outro jornal desportivo, que, nas útlimas semanas, me tem atacado, de forma gratuita e ultrajante.
Primeiro, o texto do Record, o que nos faz lembrar o lado bom do jornalismo:
Publicámos ontem que o treinador Manuel Cajuda se estaria a oferecer para ser seleccionador nacional através da rede social Twitter, em mensagens sucessivas. Tal viria a revelar-se falso, pois segundo nos confirmou o próprio não tem conta no Twitter, apenas se manifesta no Facebook. Record foi vítima de alguém que se faz passar por Manuel Cajuda, e que por isso será alvo de um processo judicial movido pelo treinador. Não tem, pois, fundamento a medalha de lata que lhe foi atribuida em função do “oferecimento” que nunca fez. Apresentamos desculpas a Manuel Cajuda e aos leitores por esta monumental trapalhada em que ingenuamente nos envolvemos.»
Isto é o que eu chamo de bom jornalismo. Reflecte a verdade e repõe os factos no seu lugar.
É o que espero que aconteça, desta vez com o outro jornal desportivo, pois, na sua edição de hoje, um seu jornalista escreve:
«No entanto, não posso deixar de lamentar, quando o assunto parece ter pano para mangas, que Manuel Cajuda, que até está empregado nas Arábias, se tenha oferecido para desempenhar o cargo. Foi feio, indelicado e de muito mau gosto…»
Perante os desmentidos que foram feitos, eu pergunto: a quem serve esta aparente estratégia de me denegrir?…Estou no Dubai, estou longe, mas estou atento. E principalmente, não esqueço que no mesmo jornal, há umas semanas atrás, um outro jornalista, chamou-me oportunista, considerando que “gente desta, não obrigado”.
Este texto reflectia o seu entendimento sobre as minhas declarações, na entrevista à agência Lusa, em relação a Carlos Queiroz. O meu assessor de comunicação tentou, durante dois dias, explicar a esse jornalista, que aquelas declarações estavam completamente descontextualizadas e que nunca fiz nenhum ataque às habilitações profissionais do seleccionador nacional. Mais grave, no dia seguinte, o jornal não publicou sequer uma única declaração minha, que repunha a verdade dos factos.
É com gente desta que temos lidar? E onde é que está o oportunismo e os oportunistas? Veremos se, desta vez, esse jornal tem o devido respeito pelas pessoas e pela sua integridade moral e dá o mesmo exemplo de seriedade que foi dado pelo Record.