Nas noites de domingo, está no auge o combate pela liderança das audiências. A SIC garante a primeira posição graças ao sucesso de “Nazaré”, mas perde os outros lugares do pódio porque as duas partes do “Big Brother”, da TVI, batem largamente as quatro “fatias” de “Quem quer namorar com o agricultor?”, que ficam, ainda, atrás dos dois principais blocos noticiosos da estação de Paço de Arcos.
Já aqui referi as fraquezas do “Agricultor” – tanto mais evidentes quanto mais se vai prolongando a pobreza das situações “amorosas” que se arranjaram – e a surpresa que constituiu esta versão “melhorada” do “BB”. Mas o mais relevante, que também já destaquei, é o desempenho do “sucessor” de La Guilherme, que deu ao seu trabalho um cunho vincadamente pessoal – e por isso de maior risco – que o público vai ratificando, domingo atrás de domingo.
O êxito de Cláudio Ramos não é uma questão de opinião, mas de audiências, que é o que conta em televisão. Com ele, o “BB” obteve, na última “gala”, quase 29% de “share” e 1,2 milhões de espectadores, para logo na segunda-feira, com outros intervenientes, “desaparecer” do “top 10” dos mais vistos do dia. Afinal, a cor é tudo. O cinzento, definitivamente, não funciona.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 18jul20
Cláudio Ramos: a cor é tudo
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