Não dedicarei hoje esta coluna a um programa. Refiro apenas o “Liga d’Ouro”, da CMTV, em que José Manuel Freitas normalmente “enfrenta” – com a reconhecida competência – essa personalidade extraordinária que é Paulo Futre.
Génio da bola e “globetrotter” do futebol – jogou em Espanha, França, Itália, Inglaterra e Japão – nem entre nós foi fiel a um emblema, pois vestiu a camisola dos três “grandes” e nos três deixou marca: no Sporting, onde se formou e permaneceu o coração, no FC Porto, que foi com ele bicampeão nacional, e no Benfica, que ajudou a ganhar uma Taça de Portugal. Só a meia dúzia de anos em que se manteve em Madrid, ao serviço do Atlético, permitiu que o “apátrida” se transformasse numa lenda. E ao conquistar a Taça do Rei, em 1991 e 1992, exibindo o troféu como “capitão” dos “colchoneros”, Futre ficou para sempre símbolo do clube.
Colunista de referência da “Marca” muito antes de chegar aos títulos da Cofina, vimo-lo agora ao lado de Roberto Carlos, ídolo eterno do Real Madrid, na promoção da final da Liga dos Campeões, no Wanda Metropolitano. E dei comigo a pensar como o futebol e a Espanha valorizam uma figura ímpar que Portugal olha com alguma indiferença. Chapeau, Paulo!
Paulo Futre, uma referência
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