Só as imagens sucessivas das greves parecem não afetar o Governo porque mal das redes sociais transborde para a televisão um escandalozinho que permita exibir sensibilidade social, logo um ministro pega ao serviço.
Esta semana, a rifa do “show off” saiu à GNR, cujos instrutores terão abusado da força na formação de recrutas – um clássico que já foi trágico nos Comandos mas que não “entra” em cabeças de burro. Claro que o inefável Eduardo Cabrita surgiu de imediato, dizendo-se “chocado” e considerando o caso “inadmissível”, e um responsável da GNR lá se demitiu. Faltou alguém explicar que quem quer exercer funções policiais tem de ser treinado para lidar com bestas. Veja-se como até as ações musculadas são insuficientes quando a baderna alastra, como sucede em Paris.
Sendo reprováveis os excessos, certo é que os novos soldados serão confrontados com a violência e quanto mais bem preparados estiverem melhor para eles e para nós. E viu-se há dias a utilidade dessa preparação no modo como o agente da PSP, Pedro Luz, enfrentou – mesmo de folga, duplo chapeau! – o energúmeno que agredira a mulher e ainda o ameaçava. Afinal, quem não conseguir passar na recruta pode sempre dedicar-se aos pombos.
Antena paranoica, Correio da Manhã, 8DEZ18
Soldados ou flores de estufa?
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