Chega hoje ao fim, com o ato eleitoral, uma semana de televisão dominada pelas campanhas de candidatura de Rui Rio e de Santana Lopes à presidência do PSD.
Não houve uma vantagem clara, já que ao melhor domínio da comunicação por parte de Santana, expresso no primeiro frente-a-frente, respondeu Rio com um desempenho sereno, no segundo, em que logrou até substituir a habitual frieza histriónica por uma bonomia que contrastou com o rosto crispado do adversário.
Rio fez bem em só ter aceitado dois debates, pois pôde, nas entrevistas, explanar o seu pensamento sem contraditório e, em especial, sem as interrupções e as “picardias” que raramente não fazem de Santana ganhador. Mas não creio que a TV gerasse, desta vez, a luz que aponta o caminho aos eleitores, pois sendo ambos pesos-pesados da política, com um conhecido percurso público e partidário, a escolha dos militantes há muito que estaria feita.
Certo é que não foi uma campanha de novidades, nem corre pelo País a emoção que um rosto fresco traria, pelo que resta a cada social-democrata, mais do que ser fiel à sua simpatia por um dos candidatos, tentar decifrar o dilema: quem terá melhores condições para derrotar António Costa? E o vencedor é…
Antena paranoica, Correio da Manhã, 13JAN18
Empataram na TV mas um deles vai ganhar
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