Em setembro de 2011, o Mundo vivia o horror pela ação terrorista nas Torres Gémeas, de Nova Iorque. No Tal&Qual, quisemos então saber como estaria a segurança numa dezena de edifícios públicos de Lisboa.
Envergando uniformes de uma empresa fictícia de ar condicionado, a Ar&Tal, os repórteres Fernando Brandão e João Bénard Garcia – este hoje na Cofina – entraram facilmente em seis dos prédios-alvo, como a CGD ou a RTP.
Já na Assembleia da República ficaram à porta, por falta de credencial, na Câmara Municipal de Lisboa visitaram o edifício mas não puderam mexer nos aparelhos, e na RDP, a roupa, demasiado limpa, fez a segurança desconfiar. Mas descobertos, mesmo, só nas instalações do IVA, onde o responsável pela manutenção, o sr. Cunha, disse que “isto agora está um perigo por causa dos atentados”, o que levou os jornalistas a abrirem o jogo.
O momento grande da reportagem deu-se, no entanto, no Palácio das Necessidades, no Ministério das Negócios Estrangeiros, que percorreram, com cicerone (!), não tendo entrado no gabinete de Jaime Gama porque os avisaram que o sr. ministro estava a almoçar…
No mesmo dia, no Porto, a repórter Carla Silva dirigiu-se à Câmara Municipal, subiu facilmente ao gabinete de imprensa e andou por onde quis, deixando até um pacote suspeito na secretária de um administrador… Dezasseis anos decorridos, tudo seria mais difícil. Ou não, quem sabe.
O peixe que descobriu a orientação política do escriba
Designado um dia como o peixe de águas profundas da política portuguesa, Jaime Gama, hoje com 70 anos, foi fundador do PS, ministro da Administração Interna, dos Negócios Estrangeiros, de Estado e da Defesa, em quatro governos, e presidente da AR, de 2005 a 2009. Em 1974, fez parte do grupo de militares que ocupou a Emissora Nacional, tendo sido o seu primeiro diretor de Informação em democracia. Foi Jaime Gama quem me nomeou chefe de uma das redações da EN e descobriu, e classificou, a minha efetiva orientação política: anarco-individualista. Ficou-me para a vida.
Envergando uniformes de uma empresa fictícia de ar condicionado, a Ar&Tal, os repórteres Fernando Brandão e João Bénard Garcia – este hoje na Cofina – entraram facilmente em seis dos prédios-alvo, como a CGD ou a RTP.
Já na Assembleia da República ficaram à porta, por falta de credencial, na Câmara Municipal de Lisboa visitaram o edifício mas não puderam mexer nos aparelhos, e na RDP, a roupa, demasiado limpa, fez a segurança desconfiar. Mas descobertos, mesmo, só nas instalações do IVA, onde o responsável pela manutenção, o sr. Cunha, disse que “isto agora está um perigo por causa dos atentados”, o que levou os jornalistas a abrirem o jogo.
O momento grande da reportagem deu-se, no entanto, no Palácio das Necessidades, no Ministério das Negócios Estrangeiros, que percorreram, com cicerone (!), não tendo entrado no gabinete de Jaime Gama porque os avisaram que o sr. ministro estava a almoçar…
No mesmo dia, no Porto, a repórter Carla Silva dirigiu-se à Câmara Municipal, subiu facilmente ao gabinete de imprensa e andou por onde quis, deixando até um pacote suspeito na secretária de um administrador… Dezasseis anos decorridos, tudo seria mais difícil. Ou não, quem sabe.
O peixe que descobriu a orientação política do escriba
Designado um dia como o peixe de águas profundas da política portuguesa, Jaime Gama, hoje com 70 anos, foi fundador do PS, ministro da Administração Interna, dos Negócios Estrangeiros, de Estado e da Defesa, em quatro governos, e presidente da AR, de 2005 a 2009. Em 1974, fez parte do grupo de militares que ocupou a Emissora Nacional, tendo sido o seu primeiro diretor de Informação em democracia. Foi Jaime Gama quem me nomeou chefe de uma das redações da EN e descobriu, e classificou, a minha efetiva orientação política: anarco-individualista. Ficou-me para a vida.
Parece que foi ontem, Sábado, 14DEZ17