Vítor Pereira é um homem de bem, quanto a isso não restam dúvidas. Foi também um excelente árbitro e errou como todos os outros – é igualmente inquestionável. Como presidente da Comisão de Arbitragem é que a sua figura já não é consensual e por culpa do próprio.
Como presidente da Comissão de Arbitragem é que a sua figura já não é consensual e por culpa do próprio. A tarefa é delicada, é certo, e quem estivesse no seu lugar ouviria sempre das boas, é verdade. O problema é que Vítor Pereira tem comportamentos que não se entendem.
Num dia, concorda com algumas críticas às arbitragens, o que só lhe fica bem, e manifesta-se mesmo triste pela razão que assiste a essas críticas, ou seja, como nós, ele persegue a utopia: gostaria que os árbitros não errassem.
Mas no outro dia lá regressa a falta de senso de que a indigitação de João Ferreira para apitar o jogo de ontem em Coimbra é inacreditável exemplo. Com o homem envolvido – como testemunha – nos incidentes do túnel da Luz, não havia mais ninguém disponível para nomear? Havia, mas Vítor Pereira gosta de alhadas. Teve sorte desta vez, vá lá.
Passe Curto da edição de “Record” de 14 Janeiro 2010